Hoje festeja-se o Dia de S. Valentim!
E como o Amor é intemporal, decidimos partilhar a forma como os nossos idosos namoravam na sua “meninice”.
Não era tão fácil como é hoje! As raparigas só tinham permissão dos pais para namorar depois dos 18 anos, algumas só depois dos 21. Os rapazes bem-intencionados cumpriam o “protocolo” e iam pedir autorização aos pais da rapariga para a namorar, sendo esse namoro menos exacerbado do que os namoros de hoje em dia, já que o par não podia estar sozinho sem a vigilância dos pais.
Tanto o Amor como o namoro em si pautavam-se pela descrição e contenção, sustentando-se em conversa e companhia (sempre supervisionada, claro!). Assim, o casal que quisesse dar passeios, ir ao teatro ou ao cinema era sempre acompanhado por outro membro da família (um irmão, uma irmã, um primo, uma prima) que se certificava de que a moral e os bons costumes não ficavam esquecidos.
Também muito frequente naquela altura era a troca de cartas entre namorados, já que não havia muita facilidade em utilizar telefones como hoje em dia. Nelas se expunham os sentimentos pela outra pessoa.
Depois de algum tempo de namoro, vinha o pedido de casamento, que só se viria a concretizar se os pais da noiva consentissem.
Passaram já muitos anos, esta realidade parece-nos distante e incompreensível, mas basta ouvir a forma como os idosos nos contaram as suas histórias para perceber que eram muito felizes!